Em um cenário global de crescente volatilidade no mercado de cacau, o Brasil está se preparando para ser protagonista no setor. Com o valor da commodity batendo recordes, chegando a quase US$ 12 mil por tonelada, as perspectivas para 2025 continuam instáveis, devido a fatores como mudanças climáticas e doenças que afetam a produção mundial.
No entanto, o país não está apenas acompanhando essa onda. O Brasil, hoje na sexta posição mundial na produção, tem grandes planos para reverter seu papel de importador para exportador de cacau, após o lançamento do Plano Inova Cacau em 2024. A meta é aumentar a produção para 400 mil toneladas até 2030, gerando uma receita de US$ 2,3 bilhões e posicionando o país entre os três maiores exportadores globais de cacau sustentável e seus derivados. O Plano inclui investimentos em tecnologia, assistência técnica e incentivos à adoção de práticas agrícolas sustentáveis.
Com uma produção crescente na Bahia e no Pará, o Brasil tem o potencial de recuperar seu protagonismo no mercado, com um produto de qualidade reconhecida internacionalmente, especialmente nos EUA e na Europa.
Vale lembrar que o Brasil importa uma quantidade significativa de cacau. Em 2024, o país adquiriu aproximadamente 41 mil toneladas de cacau em pó, manteiga ou pasta de cacau, totalizando cerca de US$ 160 milhões em importações. Além disso, o Brasil importou cerca de 20 mil toneladas de chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau. Os principais fornecedores foram países como Malásia, Peru, Uruguai, Gana, Costa do Marfim e Holanda.
Na H.impex, vamos continuar acompanhando o avanço dessa iniciativa e explorar juntos as oportunidades que surgem. Desejamos a todos e todas uma Feliz Páscoa.